Por; Martins S.
Numa pequena aldeia chamada Bereleu, Suco Lesululi, vivia um menino chamado Siarai. Ele era filho de um agricultor e, ao mesmo tempo, pastor de búfalos. Desde pequeno, acostumou-se a uma vida de responsabilidades e trabalho árduo. Como diz o ditado, quem aprende cedo, domina com facilidade, e ele foi moldado pela natureza e pela vida cheia de significados.
Todas as manhãs, antes do sol aparecer no horizonte, exatamente às 4h, Siarai já estava de pé. Com passos ágeis, caminhava até o poço para tirar água. Essa água era usada para lavar os utensílios de ordenha dos búfalos. Em seguida, ele começava a soltar os bezerros um a um para que pudessem mamar em suas mães. Esse processo era essencial, pois somente assim as mães produziam mais leite. Depois que todos os bezerros eram amamentados, Siarai e seu irmão mais velho, Maubere, começavam a ordenhar as búfalas. Como diz o provérbio, quem semeia, colhe, e seu esforço nunca era em vão.
Por volta das 5h30, quando o céu começava a clarear, eles se preparavam para levar os búfalos para os vastos e verdes pastos. Enquanto esperavam o sol nascer completamente, o leite recém-ordenhado era imediatamente fervido. Esse leite fazia parte de seu café da manhã e, às vezes, era guardado para o almoço ou jantar. Isso demonstrava que cada recurso deveria ser bem aproveitado, sem desperdício. Economizar hoje, prosperar amanhã.
Depois de tudo pronto, Maubere levava o rebanho para o pasto ou para as margens dos campos de arroz férteis, enquanto Siarai se preparava para ir à escola. Ele precisava se apressar para chegar antes das 7h30, quando as aulas começavam. Sabia que a educação era a chave para um futuro melhor. Como diz o ditado, o conhecimento é a luz na escuridão.
Ao meio-dia, por volta das 13h, Siarai voltava para casa após a escola. Sem perder tempo, trocava de roupa e preparava o almoço para seu irmão, que ainda estava no campo com os búfalos. Depois que a comida estava pronta, ele a levava para o pasto e convidava Maubere para comerem juntos. Às vezes, tinham legumes, outras vezes apenas leite de búfala recém-ordenhado. Mas sempre eram gratos pelo que tinham, pois sabiam que a fortuna vem para aqueles que trabalham.
Após o almoço, passavam um tempo relaxando. Levavam o rebanho para o lago, onde os búfalos podiam beber água e se refrescar, aliviando o calor escaldante da tarde. Aproveitavam esse momento para conversar, compartilhar sonhos e pensar em formas de melhorar a economia da família. Um bom agricultor não apenas cultiva a terra, mas também planeja o futuro.
Ao entardecer, começavam a reunir o rebanho para levá-lo de volta para casa. Durante o caminho, sempre contavam os búfalos para garantir que nenhum estivesse faltando ou que algum tivesse se misturado com outro rebanho. Às vezes, os búfalos machos se afastavam e se juntavam aos de outros donos. Somente depois de verificar que o número estava correto, seguiam para casa.
Ao chegarem ao curral, havia uma última tarefa importante antes do anoitecer: separar os bezerros de suas mães. Isso era essencial para que eles não mamassem durante a noite, garantindo que, na manhã seguinte, pudessem ser novamente alimentados e que Siarai e Maubere conseguissem ordenhar o leite necessário.
Essa rotina se repetia todos os dias. Apesar do cansaço, para Siarai, era parte de sua vida – uma vida de trabalho árduo, união e amor pela natureza e pelos animais que criavam. Ele acreditava que um futuro brilhante o aguardava. Com determinação e esforço, um dia poderia trazer mudanças para sua família e sua aldeia. Quem persiste, alcança o topo dos sonhos.