By Martins, S.
No palco, falam com voz segura,
Promessas sobem como a altura.
Dizem que o povo terá fartura,
Mas a mesa ainda está nua.
Prédios altos, luxo sem fim,
Enquanto estradas caem, assim.
Escolas sem teto, livros rasgados,
Sonhos de jovens, todos quebrados.
Carros de luxo cruzam velozes,
Mas ambulâncias? Sempre precoces.
Nos gabinetes riem à vontade,
Enquanto mães choram na cidade.
Dizem que o país é de todos nós,
Mas só alguns têm voz.
O povo fala, o vento leva,
Só escutam quando a eleição se eleva.
Oh, Timor-Leste, minha terra querida,
Quando terás liderança digna?
Não só palavras, nem só discurso,
Mas trabalho real, sem retrocesso.
#final#
