Por Martins. S
A língua não tem ossos, mas pode paralisar,
quando falta a verdade no agir e no falar.
De sua ponta escorre um veneno sutil,
que envenena a paz e silencia o perfil.
Ela pode matar sem derramar sangue,
destruir um nome, fazer o amor exangue.
Um caráter moldado ao longo da vida,
pode ruir por uma frase maldita.
A língua pode odiar, ferir sem som,
incitar sem passos, ferir sem tom.
Mas também pode ser bálsamo, cura,
quando fala com verdade, amor e ternura.
A língua pode guiar para onde vamos,
mostrar o caminho quando nos calamos.
Pode indicar a verdade com pureza,
ou matar em silêncio, com frieza.
Por isso, guarda tua língua como um tesouro,
que sirva para edificar, não para o desassossego.
Pois cada palavra dita tem poder profundo—
de salvar uma alma, ou despedaçar o mundo.
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